sábado, 10 de março de 2012

A nova Evangelização começa também no Confecionário

Queridos amigos,

Tenho o prazer de encontrar-vos por ocasião do curso anual do foro interno, organizado pela Penitenciária Apostólica. Dirijo uma cordial saudação ao Cardeal manuel Monteiro de Castro, Penitenciário Maior, que, pela primeira vez, presidiu as vossas sessões de estudo e o agradeço pelas cordiais expressões que quis dirigir-me. Saúdo também Dom Giafranco Girotti, regente, os que trabalham na Penitenciária Apostólica e cada um de vós que, com a vossa presença, mostrais a todos a importância que tem para a vida de fé o Sacramento da Reconciliação, evidenciando seja a necessidade permanente de uma adequada preparação teológica, espiritual e canônica para poder ser confessore, seja, sobretudo, a ligação constitutiva entre celebração sacramental e anúncio do Evangelho.

Os Sacramentos e o anúncio da Palavra, de fato, não devem nunca ser concebidos como separados, mas ao contrário, Jesus afirma que o anúncio do Reino de Deus é o objetivo da sua missão; este anúncio, entretanto, não é somente um 'discurso', mas inclui, ao mesmo tempo, o seu próprio agir; os sinais, os milagres que Jesus faz indicam que o Reino vem como realidade presente e que coincide ao final com a sua própria pessoa, com o dom de si. O sacerdote representa Cristo, o enviado do Pai, continua a missão de Cristo, mediante a palavra e o sacramento, nesta totalidade de corpo e alma, de sinal e palavra" (Catequese, 5 de maio de 2010). Exatamente esta totalidade, que funda as raízes no próprio mistério da Encarnação, nos sugere que a celebração do Sacramento da reconciliação é por ela mesma o anúncio e por isso, via a ser percorrida para a obra da nova evangelização.

Em que sentido, então, a Confissão Sacramental é via para a nova evangelização? Antes de tudo porque a nova evangelização traz a nutrição vital da santidade dos filhos da Igreja, do caminho de conversão cotidiano de conversão pessoal e comunitária para conformar-se sempre mais profundamente a Cristo. E tem uma estreita ligação entre santidade e Sacramento da Reconciliação, testemunhado por todos os santos da história. A real conversão dos corações, que é abrir-se à ação transformadora e renovadora de Deus, é o "motor" de toda reforma e se traduz em uma verdadeira força evangelizadora. Na confissão, o pecado arrependido, pela ação gratuita da misericórdia divina, é justificado, perdoado e santificado, abandona-se o homem velho para revestir-se do homem novo. Somente quem se deixou profundamente renovar pela Graça Divina, pode levar em si mesmo, e portanto, anunciar, a novidade do Evangelho. O beato João Paulo II, na carta apostólica Novo Millennio ineunte, afirmava: "Uma renovada coragem pastoral venho pedir para que a cotidiana pedagogia das comunidades cristãos saiba propor em modo convincente e eficaz a prática do sacramento da Reconciliação" (n.37) Desejo reforçar tal apelo, na consciência que a nova evangelizaão deve fazer conhecer ao homem do nosso tempo o rosto de Cristo como mysterium pietatis (mistério da piedade), aquele no qual Deus nos mostra o seu coração compassivo e nos reconcilia plenamente consigo. É esta a face de Cristo que é necessário redescobrir também através do sacramento da penitência.

Em uma época de emergência educativa, na qual o relativismo coloca em discussão a possibilidade de uma educação considerada progressiva introdução à consciência da verdade, ao sentido profundo da realidade, portanto como progressiva introdução ao relacionamento com Verdade que é Deus, os cristãos são chamados a anunciar com vigor a possibilidade do encontro entre o homem de hoje e Jesus Cristo, no qual Deus se fez proxímo ao ponto de poder ver e escutar. Nesta prospectiva, o Sacramento da Reconciliação, que toma as direções do olhar da própria concreta condição existencial, ajuda em modo singular a abertura de coração que permite dirigir o olhar a Deus para que Ele entre na vida. A certeza que Ele está próximo e na sua misericórdia, espera o homem, também aquele envolvido pelo pecado, para curar as suas enfermidades com a graça do Sacramento da Reconciliação, é sempre uma luz de esperança para o mundo.

Queridos sacerdotes e queridos diáconos que vos preparais para o Presbiterato! Na administração deste Sacramento, vos é dada e vos será dada a possibilidade de ser instrumentos de um renovado encontro dos homens com Deus. Quantos se dirigirão a vós, por causa da condição de pecadores e experimentarão em si mesmos um desejo profundo: desejo de mudança, pedido de misericórdia, e, em definitivo, desejo de se lançar, através do Sacramento, no encontro e no abraço de Cristo. Sereis colaboradores e protagonistas de tantos e possíveis novos ínicios, quantos serão os penitentes que se aproximarão, tendo a consciência que o autêntico significado de toda novidade não consiste tanto no abandono ou na remoção do passado, mas no acolher Cristo e abrir-se à sua presença, sempre nova e sempre capaz de transformar, de iluminar todas as áreas de sombras e de abrir continuamente um novo horizonte. A nova evangelização, então, parte também do Confessionário! Parte dp misterioso encontro entre a grande busca do homem, sinal nele do Mistério Criador, e a Misericórdia de Deus, única resposta adequada à necessidade humana do infinito. Se a celebração do Sacramento da Reconciliação será isto, se nele os fiéis farão real experiência da Misericórdia que Jesus de Nazaré, Senhor e Cristo nos deu, então se tornarão eles mesmos testemunhas credíveis daquela santidade, que é o fim da nova evangeliação.

Tudo isto, caros amigos, se é verdadeiro para os fiéis leigos, conquista ainda maior relevancia para cada um de nós. O ministro do Sacramento da Reconciliação colabora com a nova evangelização renovando ele mesmo por primeiro, a consciência do próprio ser penitente e da necessidade de aproximar-se do perdão sacramental, para que se renove aquele encontro com Cristo, que, iniciado no Batismo, encontrou no Sacramento da ordem uma específica e definitiva configuração. Este é o meu desejo para cada um de vós: a novidade de Cristo seja sempre o centro e a razão da vossa existência sacerdotal, para que quem vos encontre possa, através do vosso ministério, proclamar como André e João: "Encontramos o Messias" (Jo 1,41). Em tal modo, toda confissão, da qual cada cristão sairá renovado, representará um passo adiante da nova evangelização. Maria, Mãe da Misericórdia, refúgio para nós pecadores e estrela da nova evangelização acompanhe o vosso caminho. Vos agradesço de coração e com prazer vos dou a minha benção apostólica.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Eucaristia: vontade de Deus!

“A Eucaristia é invenção de um Deus desesperado, que não sabendo mais o que fazer, se humilha na fragilidade do pão” (Santo Afonso de Ligório)

“Quem ama anuncia e defende a pessoa amada”. Sabemos, porém, que só se ama aquilo que se conhece, então é desta forma que nós da Comunidade Deus Existe vamos mais uma vez, anunciar e defender o amor das nossas vidas: Jesus Sacramentado! Para isso, este mês apresentamos a fonte e ápice da vida cristã: A eucaristia.
A palavra eucaristia, do grego, significa ação de graças, ou seja, a comunhão é justamente a oportunidade de se fazer uma ação de graças. Este rito não foi como muitos pensam, inventado pela Igreja Católica, mas foi deixado pelo próprio Cristo, ao qual somos convocados a fazer como Ele pediu até o fim dos tempos (Veja: 1 Cor 11,26). Obediente às palavras de Jesus, a Igreja prosseguiu até os dias de hoje celebrando a vontade Dele. Em registros bíblicos observamos que os primeiros cristãos eram fiéis ao pedido de Jesus: “Eles eram perseverantes ao ensinamento dos Apóstolos, à comunhão fraterna, à fração do pão e as orações” (At 2, 42). Mas provando a continuidade do rito eucarístico em registros históricos, escritos datados em 155 d.C, testemunham a realização da celebração eucarística, ao qual segundo São Justino, chamavam de Dia de Sol. Para tanto, o santo a observa a união da mesa da palavra e da eucaristia.
Vemos que Jesus Cristo, sacerdote santo, usou as matérias do pão e do vinho se remetendo o gesto de Melquisedec “que trouxe pão e vinho” (Gn 14, 18). Dessa forma, o Catecismo da Igreja Católica (§ 1355) diz que o milagre da multiplicação dos pães prefigura a superabundância deste único pão, a Eucaristia, e que também o episódio das bodas de Caná, é uma prefiguração do “vinho novo” (o melhor), que é o sangue de Cristo!
A fim de que não sejamos negligentes com a Eucaristia, é o próprio Jesus quem nos dá o ensinamento e nos assegura a veracidade da Eucaristia, como nos narra o Evangelho de São João, capítulo 6: “Pois minha carne é verdadeiramente comida e meu sangue é verdadeiramente bebida. Quem come minha carne e bebe meu sangue permanece em mim, e eu nele”. Sendo Jesus, o mesmo, ontem, hoje e sempre, este sacrifício pode ser atualizado eternamente. “Ele, porém, visto que permanece para a eternidade, possui sacerdócio imutável. Por isso é capaz de salvar totalmente aqueles que, por meio dele, se aproximam de Deus, visto que ele vive para sempre para interceder por eles” (Hb 7, 24-27).
Portanto, a Eucaristia é Jesus vivo, o mesmo, aquele que cura, que liberta, que chama, que ama, aquele que foi cuspido, flagelado, crucificado, e que ressuscitou. É o “Cristo total”, em seu corpo, sangue, alma e divindade. Porém, muitos querem ver esta realidade com os olhos da carne e não com olhar espiritual, para isso São Tomás de Aquino nos alerta que a presença de Jesus na Eucaristia “não se pode descobrir pelos sentidos”.
Com toda essa maravilha, te convidamos a ser assíduo (a) à Eucaristia, e o lugar onde nós podemos receber esse alimento é a Santa Missa, ou no caso de muitas comunidades, por causa da falta de padres, a celebração eucarística. Contudo, faça o seu algo a mais, adore Jesus, ame-O nas capelas onde Ele está presente.


Nádia Duarte Prata
Membro da C.C.D.E.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Milagre Eucarístico de Santa Clara de Assis

Itália – 1240

Santa Clara realizou vários milagres durante sua vida: multiplicação de pães, aparição de garrafas de óleo que não existiam no convento, etc. Mas entre os milagres que realizou, o mais famoso é o milagre ocorrido em 1240. Numa sexta-feira, Santa Clara afugentou alguns soldados sarracenos que invadiram o claustro do convento de São Damião mostrando-lhes a Hóstia Santa.


Este Milagre é narrado na obra “A Legenda de Santa Clara”, de autoria de Tomás de Celano; o texto conta como Santa Clara de Assis conseguiu expulsar as tropas sarracenas do Imperador Frederico II da Suécia com o Santíssimo Sacramento. Assim diz o texto: “Pelotões de soldados e bandos de arqueiros sarracenos, sombrios como harpias, estavam acampados naquele lugar por ordem imperial, com a finalidade de devastar os acampamentos e conquistar a cidade. Um dia, durante um ataque do feroz exército dos sarracenos contra Assis, cidade particular do Senhor, eles irromperam nas adjacências de São Damião, mais propriamente no claustro das virgens. Os corações das monjas se contraíram pelo terror e trêmulas de medo, dirigiram os seus prantos à Madre Superiora (Santa Clara), quem, com o coração intrépido, ordenou que a pusessem, embora estivesse doente, diante da porta, bem na frente dos inimigos, trazendo uma caixinha de prata e marfim, na qual estava guardado com suma devoção o Corpo do Santo dos santos.

Prostrada em oração, entre lágrimas, falou com o seu Senhor: “Ó Meu Senhor, queres colocar as tuas servas indefesas nas mãos dos pagãos, as mesmas, que por amor a Ti, eu eduquei? Senhor, eu te peço, protege estas tuas servas, porque eu sozinha não posso salvá-las”. Imediatamente uma voz de criança, vinda do Tabernáculo, sussurrou aos seus ouvidos: “Eu as custodiarei sempre!”. “Meu Senhor”, acrescentou, “protege também, se é a tua vontade, esta cidade, que nos sustenta pelo teu amor”. E Cristo lhe diz: “Terá que sofrer duras penas, mas a minha proteção a defenderá”. Então a virgem, ergueu o rosto banhado em lágrimas e consolou as irmãs que estavam aos prantos: “Eu garanto, minhas filhas, que não sofrereis nenhum mal; somente tendes fé em Cristo!” Não demorou muito e a audácia dos agressores se transformou em espanto; e abandonando apressadamente os muros que tinham escalado, foram derrotados pela força daquela mulher que rezava. Imediatamente Clara advertiu as irmãs que tinham ouvido a voz: “Enquanto eu estiver viva, cuidem-se bem, queridas filhas, de comentar com qualquer pessoa sobre aquela voz

segunda-feira, 21 de março de 2011

MENSAGEM DE SUA SANTIDADE PAPA BENTO XVI PARA A QUARESMA DE 2011


«Sepultados com Ele no baptismo,
foi também com Ele que ressuscitastes» (cf. Cl 2, 12)



Amados irmãos e irmãs!

A Quaresma, que nos conduz à celebração da Santa Páscoa, é para a Igreja um tempo litúrgico muito precioso e importante, em vista do qual me sinto feliz por dirigir uma palavra específica para que seja vivido com o devido empenho. Enquanto olha para o encontro definitivo com o seu Esposo na Páscoa eterna, a Comunidade eclesial, assídua na oração e na caridade laboriosa, intensifica o seu caminho de purificação no espírito, para haurir com mais abundância do Mistério da redenção a vida nova em Cristo Senhor (cf. Prefácio I de Quaresma).

1. Esta mesma vida já nos foi transmitida no dia do nosso Baptismo, quando, «tendo-nos tornado partícipes da morte e ressurreição de Cristo» iniciou para nós «a aventura jubilosa e exaltante do discípulo» (Homilia na Festa do Baptismo do Senhor, 10 de Janeiro de 2010). São Paulo, nas suas Cartas, insiste repetidas vezes sobre a singular comunhão com o Filho de Deus realizada neste lavacro. O facto que na maioria dos casos o Baptismo se recebe quando somos crianças põe em evidência que se trata de um dom de Deus: ninguém merece a vida eterna com as próprias forças. A misericórdia de Deus, que lava do pecado e permite viver na própria existência «os mesmos sentimentos de Jesus Cristo» (Fl 2, 5), é comunicada gratuitamente ao homem.

O Apóstolo dos gentios, na Carta aos Filipenses, expressa o sentido da transformação que se realiza com a participação na morte e ressurreição de Cristo, indicando a meta: que assim eu possa «conhecê-Lo, a Ele, à força da sua Ressurreição e à comunhão nos Seus sofrimentos, configurando-me à Sua morte, para ver se posso chegar à ressurreição dos mortos» (Fl 3, 1011). O Baptismo, portanto, não é um rito do passado, mas o encontro com Cristo que informa toda a existência do baptizado, doa-lhe a vida divina e chama-o a uma conversão sincera, iniciada e apoiada pela Graça, que o leve a alcançar a estatura adulta de Cristo.

Um vínculo particular liga o Baptismo com a Quaresma como momento favorável para experimentar a Graça que salva. Os Padres do Concílio Vaticano II convidaram todos os Pastores da Igreja a utilizar «mais abundantemente os elementos baptismais próprios da liturgia quaresmal» (Const. Sacrosanctum Concilium, 109). De facto, desde sempre a Igreja associa a Vigília Pascal à celebração do Baptismo: neste Sacramento realiza-se aquele grande mistério pelo qual o homem morre para o pecado, é tornado partícipe da vida nova em Cristo Ressuscitado e recebe o mesmo Espírito de Deus que ressuscitou Jesus dos mortos (cf. Rm 8, 11). Este dom gratuito deve ser reavivado sempre em cada um de nós e a Quaresma oferece-nos um percurso análogo ao catecumenato, que para os cristãos da Igreja antiga, assim como também para os catecúmenos de hoje, é uma escola insubstituível de fé e de vida cristã: deveras eles vivem o Baptismo como um acto decisivo para toda a sua existência.

2. Para empreender seriamente o caminho rumo à Páscoa e nos prepararmos para celebrar a Ressurreição do Senhor – a festa mais jubilosa e solene de todo o Ano litúrgico – o que pode haver de mais adequado do que deixar-nos conduzir pela Palavra de Deus? Por isso a Igreja, nos textos evangélicos dos domingos de Quaresma, guia-nos para um encontro particularmente intenso com o Senhor, fazendo-nos repercorrer as etapas do caminho da iniciação cristã: para os catecúmenos, na perspectiva de receber o Sacramento do renascimento, para quem é baptizado, em vista de novos e decisivos passos no seguimento de Cristo e na doação total a Ele.

O primeiro domingo do itinerário quaresmal evidencia a nossa condição do homens nesta terra. O combate vitorioso contra as tentações, que dá início à missão de Jesus, é um convite a tomar consciência da própria fragilidade para acolher a Graça que liberta do pecado e infunde nova força em Cristo, caminho, verdade e vida (cf. Ordo Initiationis Christianae Adultorum, n. 25). É uma clara chamada a recordar como a fé cristã implica, a exemplo de Jesus e em união com Ele, uma luta «contra os dominadores deste mundo tenebroso» (Ef 6, 12), no qual o diabo é activo e não se cansa, nem sequer hoje, de tentar o homem que deseja aproximar-se do Senhor: Cristo disso sai vitorioso, para abrir também o nosso coração à esperança e guiar-nos na vitória às seduções do mal.

O Evangelho da Transfiguração do Senhor põe diante dos nossos olhos a glória de Cristo, que antecipa a ressurreição e que anuncia a divinização do homem. A comunidade cristã toma consciência de ser conduzida, como os apóstolos Pedro, Tiago e João, «em particular, a um alto monte» (Mt 17, 1), para acolher de novo em Cristo, como filhos no Filho, o dom da Graça deDeus: «Este é o Meu Filho muito amado: n’Ele pus todo o Meu enlevo. Escutai-O» (v. 5). É o convite a distanciar-se dos boatos da vida quotidiana para se imergir na presença de Deus: Ele quer transmitir-nos, todos os dias, uma Palavra que penetra nas profundezas do nosso espírito, onde discerne o bem e o mal (cf. Hb 4, 12) e reforça a vontade de seguir o Senhor.

O pedido de Jesus à Samaritana: «Dá-Me de beber» (Jo 4, 7), que é proposto na liturgia do terceiro domingo, exprime a paixão de Deus por todos os homens e quer suscitar no nosso coração o desejo do dom da «água a jorrar para a vida eterna» (v. 14): é o dom do espírito Santo, que faz dos cristãos «verdadeiros adoradores» capazes de rezar ao Pai «em espírito e verdade» (v. 23). Só esta água pode extinguir a nossa sede do bem, da verdade e da beleza! Só esta água, que nos foi doada pelo Filho, irriga os desertos da alma inquieta e insatisfeita, «enquanto não repousar em Deus», segundo as célebres palavras de Santo Agostinho.

O domingo do cego de nascença apresenta Cristo como luz do mundo. O Evangelho interpela cada um de nós: «Tu crês no Filho do Homem?». «Creio, Senhor» (Jo 9, 35.38), afirma com alegria o cego de nascença, fazendo-se voz de todos os crentes. O milagre da cura é o sinal que Cristo, juntamente com a vista, quer abrir o nosso olhar interior, para que a nossa fé se torne cada vez mais profunda e possamos reconhecer n’Ele o nosso único Salvador. Ele ilumina todas as obscuridades da vida e leva o homem a viver como «filho da luz».

Quando, no quinto domingo, nos é proclamada a ressurreição de Lázaro, somos postos diante do último mistério da nossa existência: «Eu sou a ressurreição e a vida... Crês tu isto?» (Jo 11, 25-26). Para a comunidade cristã é o momento de depor com sinceridade, juntamente com Marta, toda a esperança em Jesus de Nazaré: «Sim, Senhor, creio que Tu és o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo» (v. 27). A comunhão com Cristo nesta vida prepara-nos para superar o limite da morte, para viver sem fim n’Ele. A fé na ressurreição dos mortos e a esperança da vida eterna abrem o nosso olhar para o sentido derradeiro da nossa existência: Deus criou o homem para a ressurreição e para a vida, e esta verdade doa a dimensão autêntica e definitiva à história dos homens, à sua existência pessoal e ao seu viver social, à cultura, à política, à economia. Privado da luz da fé todo o universo acaba por se fechar num sepulcro sem futuro, sem esperança.

O percurso quaresmal encontra o seu cumprimento no Tríduo Pascal, particularmente na Grande Vigília na Noite Santa: renovando as promessas baptismais, reafirmamos que Cristo é o Senhor da nossa vida, daquela vida que Deus nos comunicou quando renascemos «da água e do Espírito Santo», e reconfirmamos o nosso firme compromisso em corresponder à acção da Graça para sermos seus discípulos.

3. O nosso imergir-nos na morte e ressurreição de Cristo através do Sacramento do Baptismo, estimula-nos todos os dias a libertar o nosso coração das coisas materiais, de um vínculo egoísta com a «terra», que nos empobrece e nos impede de estar disponíveis e abertos a Deus e ao próximo. Em Cristo, Deus revelou-se como Amor (cf 1 Jo 4, 7-10). A Cruz de Cristo, a «palavra da Cruz» manifesta o poder salvífico de Deus (cf. 1 Cor 1, 18), que se doa para elevar o homem e dar-lhe a salvação: amor na sua forma mais radical (cf. Enc. Deus caritas est, 12). Através das práticas tradicionais do jejum, da esmola e da oração, expressões do empenho de conversão, a Quaresma educa para viver de modo cada vez mais radical o amor de Cristo. O Jejum, que pode ter diversas motivações, adquire para o cristão um significado profundamente religioso: tornando mais pobre a nossa mesa aprendemos a superar o egoísmo para viver na lógica da doação e do amor; suportando as privações de algumas coisas – e não só do supérfluo – aprendemos a desviar o olhar do nosso «eu», para descobrir Alguém ao nosso lado e reconhecer Deus nos rostos de tantos irmãos nossos. Para o cristão o jejum nada tem de intimista, mas abre em maior medida para Deus e para as necessidades dos homens, e faz com que o amor a Deus seja também amor ao próximo (cf. Mc 12, 31).

No nosso caminho encontramo-nos perante a tentação do ter, da avidez do dinheiro, que insidia a primazia de Deus na nossa vida. A cupidez da posse provoca violência, prevaricação e morte: por isso a Igreja, especialmente no tempo quaresmal, convida à prática da esmola, ou seja, à capacidade de partilha. A idolatria dos bens, ao contrário, não só afasta do outro, mas despoja o homem, torna-o infeliz, engana-o, ilude-o sem realizar aquilo que promete, porque coloca as coisas materiais no lugar de Deus, única fonte da vida. Como compreender a bondade paterna de Deus se o coração está cheio de si e dos próprios projectos, com os quais nos iludimos de poder garantir o futuro? A tentação é a de pensar, como o rico da parábola: «Alma, tens muitos bens em depósito para muitos anos...». «Insensato! Nesta mesma noite, pedir-te-ão a tua alma...» (Lc 12, 19-20). A prática da esmola é uma chamada à primazia de Deus e à atenção para com o próximo, para redescobrir o nosso Pai bom e receber a sua misericórdia.

Em todo o período quaresmal, a Igreja oferece-nos com particular abundância a Palavra de Deus. Meditando-a e interiorizando-a para a viver quotidianamente, aprendemos uma forma preciosa e insubstituível de oração, porque a escuta atenta de Deus, que continua a falar ao nosso coração, alimenta o caminho de fé que iniciámos no dia do Baptismo. A oração permitenos também adquirir uma nova concepção do tempo: de facto, sem a perspectiva da eternidade e da transcendência ele cadencia simplesmente os nossos passos rumo a um horizonte que não tem futuro. Ao contrário, na oração encontramos tempo para Deus, para conhecer que «as suas palavras não passarão» (cf. Mc 13, 31), para entrar naquela comunhão íntima com Ele «que ninguém nos poderá tirar» (cf. Jo 16, 22) e que nos abre à esperança que não desilude, à vida eterna.

Em síntese, o itinerário quaresmal, no qual somos convidados a contemplar o Mistério da Cruz, é «fazer-se conformes com a morte de Cristo» (Fl 3, 10), para realizar uma conversão profunda da nossa vida: deixar-se transformar pela acção do Espírito Santo, como São Paulo no caminho de Damasco; orientar com decisão a nossa existência segundo a vontade de Deus; libertar-nos do nosso egoísmo, superando o instinto de domínio sobre os outros e abrindo-nos à caridade de Cristo. O período quaresmal é momento favorável para reconhecer a nossa debilidade, acolher, com uma sincera revisão de vida, a Graça renovadora do Sacramento da Penitência e caminhar com decisão para Cristo.

Queridos irmãos e irmãs, mediante o encontro pessoal com o nosso Redentor e através do jejum, da esmola e da oração, o caminho de conversão rumo à Páscoa leva-nos a redescobrir o nosso Baptismo. Renovemos nesta Quaresma o acolhimento da Graça que Deus nos concedeu naquele momento, para que ilumine e guie todas as nossas acções. Tudo o que o Sacramento significa e realiza, somos chamados a vivê-lo todos os dias num seguimento de Cristo cada vez mais generoso e autêntico. Neste nosso itinerário, confiemo-nos à Virgem Maria, que gerou o Verbo de Deus na fé e na carne, para nos imergir como ela na morte e ressurreição do seu Filho Jesus e ter a vida eterna.

Vaticano, 4 de Novembro de 2010



BENEDICTUS PP. XVI

Fonte: http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/messages/lent/documents/hf_ben-xvi_mes_20101104_lent-2011_po.html

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Como entender Cristo na Hóstia Consagrada

Em todo ser há um conjunto de coisas que podem mudar, como o tamanho, a cor, o peso, o sabor, etc., e um substrato-permanente que, conservando-se sempre o mesmo, caracteriza o ser, que não muda. Esse substrato é chamado substância, essência ou natureza do ser. Em qualquer pedaço de pão, há coisas mutáveis: a cor, tamanho, gosto, o sabor, a posição, sem que a subs¬tância que as sustenta mude; esta substância ninguém vê; mas é uma realidade. Assim, há homens de cores diferentes, feições diferentes, etc; mas todos possuem uma mesma substância: uma alma humana imortal, que se nota pelas suas faculdades que os animais não tem: inteligência, liberdade, vontade, consciência, psique, etc.

Quando as palavras da consagração são pronunciadas sobre o pão, a substância deste se muda ou converte totalmente em substância do corpo humano de Jesus (donde o nome "transubstanciação"), ficando, porém, os acidentes externos (aparências) do pão (gosto, cor, cheiro, sabor, tamanho, etc.); sendo assim, sem mudar de aparência, o pão consagrado já não é pão, mas é substancialmente o corpo de Cristo.

O mesmo se dá com o vinho; ao serem pronunciadas sobre ele as palavras da consa¬gração; sua substância se converte na do sangue do Senhor, pelo poder da intervenção da Onipotência divina.

Isto explica como o corpo de Cristo pode estar simultaneamente presente em diversas hóstias consagradas e em vários lugares ao mesmo tempo. Jesus não está presente na Eucaristia segundo as suas aparências, como o tamanho ou a localização no espaço. Uma vez que os fragmentos de pão se multiplicam com a sua localização própria no espaço, assim onde quer que haja um pedaço de pão consagrado, pode estar de fato o corpo eucarístico de Cristo.

Uma comparação: quando você olha para um espelho, aí você vê a imagem do seu rosto inteiro; se quebrá-lo em duas ou mais partes, a sua imagem não se quebrará com o espelho, mas continuará uma imagem inteira em cada pedaço.

É preciso, então, entender que a presença de Cristo eucarístico pode se multiplicar, sem que o Corpo de Cristo se multiplique. Isto faz que a presença do Cristo eucarístico se possa multiplicar (sem que o corpo de Cristo se multiplique), se forem multiplicados os fragmentos de pão consagrados nos mais diversos lugares da Terra. Não há bilocação nem multilocação do corpo de Cristo.

O corpo de Cristo sob os acidentes do pão não tem extensão nem quantidade próprias; assim não se pode dizer que a tal fragmento da hóstia corresponda tal parte do corpo de Cristo. Quando o pão consagrado é partido, só se parte a quantidade do pão, não o corpo de Jesus.

Assim muitas hóstias e muitos fragmentos de hóstia não constitu¬em muitos Cristos - o que seria absurdo , mas muitas "presenças" de um só e mesmo Cristo. Analogamente a multiplicação dos espelhos não multiplica o objeto original, mas multiplica a presença desse objeto; também a multiplicação dos ouvintes de uma sinfonia não multiplica essa sinfonia, mas apenas a presença da mesma.

Por essas razões, quando se deteriora o pão eucarístico por efeito do tempo, da digestão, ou de um outro agente corruptor, o que se estraga são apenas os acidentes do pão: quantidade, cor, figura... , e neste caso o corpo de Cristo deixa de estar presente sob os véus eucarísticos; isto porque Cristo quis que nas espécies ou nas aparências de pão e vinho, que Cristo quis garantir a sua presença sacra¬mental, e não nas de algum outro corpo.

A fé católica ensina uma conversão total e absoluta da substância do pão na do corpo de Cristo; o Concílio de Trento rejeitou a doutrina de Lutero, que admitia a “empanação” de Cristo: empanação, segundo a qual permaneceriam a substância do pão e a do vinho junto com a do corpo e a do sangue de Cristo; o pão continuaria a ser real¬mente pão (e não apenas segundo as aparências), o vinho continuaria a ser realmente vinho (e não apenas segundo as aparências), de tal sorte que o corpo de Cristo estaria como que “revestido” de pão e vinho. Para o Concílio de Trento e, para a fé católica, esse tipo de presença de Cristo na Eucaristia é insuficiente; é preciso dizer que o pão e o vinho, em sua realidade íntima (substância), deixam de ser pão e vinho para se tornar a realidade mesma do corpo e do sangue de Cristo.

Assim como na criação acontece o surgimento de todo o ser, também na Eucaristia há a conversão de todo o ser. Esta “conversão de todo o ser” é “conversão de toda a substância” ou “transubstanciação”.

Assim como só Deus pode criar (tirar um ser do nada), só Deus pode “transubstanciar”; ambas as atividade supõem um poder infinito que só Deus tem.

Para entender um pouco melhor o milagre da Transubstanciação podemos dizer ainda o seguinte: No milagre da multiplicação dos pães, Jesus mudou apenas a espécie do pão (no caso a quantidade), mas não mudou a sua natureza, continuou sendo pão. Quando Ele fez o milagre das Bodas de Caná, mudou a natureza da água (passou a ser vinho) e mudou também a sua espécie (cor, sabor, etc); no milagre da Transubstanciação, Jesus muda apenas a natureza do pão e do vinho (passam a ser seu Corpo e Sangue) sem mudar a espécie (cor, sabor,cheiro, tamanho, etc.)

Tudo por amor a nós; Ele, o Rei do universo, se faz pequeno, humilde, indefeso... nas espécies sagradas do pão e do vinho, para ser nosso alimento, companheiro, modelo, exemplo, força, consolação...

Por Prof. Felipe Aquino

Data Publicação: 05/12/2006

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Em Siena: um milagre Eucarístico permanente

Milagre eucarístico de Siena

Na basílica de São Francisco na cidade de Siena, na Toscana, norte da Itália, venera-se um dos mais impressionantes milagres eucarísticos já acontecidos e que perdura até hoje. Trata-se de 223 hóstias consagradas há 280 anos e que até agora estão intactas em uma das capelas laterais da basílica. Os peregrinos “vêm de todo o mundo, onde há católicos. Vêm para ver o milagre. Quando chegam, cantam, comovem-se e choram de alegria”, explica o sacerdote franciscano Frei Paolo Spring, responsável da custódia das hóstias consagradas. O fato sobrenatural aconteceu 14 de agosto de 1730. Mais precisamente, na véspera da festa da assunção de Nossa Senhora. Na previsão da festa em todas as igrejas de Siena, os sacerdotes consagraram hóstias adicionais para quem quisesse receber o Corpo de Cristo no dia seguinte. Na noite daquele dia, todos os sacerdotes de Siena se reuniram na catedral para fazer uma vigília e deixaram suas respectivas igrejas sozinhas. Alguns ladrões aproveitaram e entraram na basílica de São Francisco para roubar o copo de ouro com as hóstias consagradas.Na manhã seguinte se deram conta do sacrilégio: as hóstias não estavam e, no meio da rua, um paroquiano encontrou a parte de cima do copo confirmando que a Sagrada Eucaristia havia sido roubada.

Siena, basilica de São Francisco


Os habitantes de Siena começaram então a rezar para que aparecessem as partículas que do Corpo, Sangue, alma e divindade de Jesus Cristo.Três dias depois, um homem que rezava na igreja de Santa Maria em Provenzano, bem perto da Basílica de São Francisco, viu algo de cor branca numa caixa destinada para doação dos pobres.Quando abriram a caixa, encontraram as 351 hóstias consagradas ‒ o número exato de hóstias roubadas. Elas estavam cheias de poeira e teia de aranha e os sacerdotes as limparam cuidadosamente.Milhares de fiéis foram até a basílica em espírito de adoração e reparação para agradecer a descoberta. Essas não foram distribuídas, ao que parece, porque os franciscanos queriam que os peregrinos as adorassem até o momento em que se deteriorassem (porque ao se deteriorar, desaparece a presença real de Cristo). Mas as hóstias permaneciam intactas e com um odor muito agradável. O povo começou a considerá-las milagrosas e cada vez iam mais peregrinos para adorá-las. Algumas poucas foram distribuídas em ocasiões especiais.

Hoje, 280 anos depois, ainda permanecem 223 hóstias exatamente no mesmo estado que tinham no dia em que foram consagradas. “Em diversas etapas foram examinadas e fisicamente conservam todas as características de uma hóstia recém-feita”, explica o padre Paolo. Em 1914, foi feito um exame mais rigoroso desse milagre, por disposição do Papa São Pio X. “As Sagradas Partículas resultaram em perfeito estado de consistência, lúcidas, brancas, perfumadas e intactas”, disse padre Spring. Na mesma ocasião os exames constataram que as hóstias roubadas estavam conservadas sem precauções científicas e guardadas em condições normais, e que, por isso mesmo, a deterioração deveria ter sido rápida.Numerosos Papas e Santos ‒ como Don Bosco ‒ foram adorar o Corpo de Cristo miraculosamente preservado até hoje.“Aqui existem duas coisas milagrosas”, diz o padre Spring, apontando as hóstias consagradas há quase três séculos. “O tempo não existe, se deteve”. E o sacerdote explica o segundo milagre: “os corpos compostos e as substâncias orgânicas estão sujeitos a murchar”. É um milagre vivo, contínuo, não sabemos até quando o Senhor o permitirá”, concluiu.


Fonte: Agência Zenit, ZP10032405.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Padre Efraim Solano Rocha: Exemplo de luta em favor da vida

Em todo o Brasil diversas iniciativas têm sido realizadas na luta contra o aborto. Algumas por meio de manifestações em massa, outras simples que também merecem destaque. É o caso do Padre Efraim Solano Rocha, com 87 anos de vida e 62 anos de sacerdócio. Ele celebra Missas diariamente às 7h, na Comunidade Nosso Senhor do Bonfim, no bairro Cidade Nobre, Ipatinga/MG.
“A Missa para mim é o próprio sacrifício de Jesus na cruz. Ela tem tanto valor quanto Jesus pregado na cruz. A Missa é de um valor infinito. A gente a celebra com muito amor. Quanto a adoração ao Santíssimo, o melhor caminho de conscientização é falar para as pessoas que devemos adorar o Santíssimo Sacramento, que é o Corpo, Sangue, Alma e Divindade, que a hóstia é Jesus. A Igreja sem a Eucaristia não é nada. Nesses 62 anos de sacerdócio eu me realizei em todos os lugares que passei e agora estou servindo da maneira que posso sem compromissos fixos com paróquia.”, declarou Padre Efraim.
Mas ainda que não possua compromisso fixo, ele faz questão de presidir as celebrações diariamente: “Primeiro, é um prazer celebrar a Missa todos os dias. Segundo, é para o povo; nós somos padres para o povo e não para nós. O próprio Cristo disse: Ide pelo mundo e pregai o Evangelho a toda criatura (Mc 16, 15). È um prêmio ver a igreja cheia, o povo todo rezando.”
Durante suas Missas, ele convida incessantemente que todas as pessoas presentes intercedam em oração contra a aprovação da Lei do Aborto. Todos rezam uma Ave-Maria para que haja conscientização do poder público e que a Lei não seja oficializada. Perguntado sobre o motivo de abraçar a causa, ele disse: “É preciso que lutemos contra a Lei, que vai contra um dos dez mandamentos, mas especificamente o quinto mandamento que diz: “Não matarás”. Pois já somos obrigados a conviver com a legalização do adultério em nosso país, por meio da aprovação da Lei do Divórcio”.
Iniciativas como essa são muito bem-vindas, para fomentar a nossa luta a favor da vida. Inclusive, esta semana, sua Santidade o Papa Bento XVI, também falou aos Bispos brasileiros para que se unam nesta causa. “Falai ao coração do vosso povo, acordai as consciências, reuni as vontades num mutirão contra a crescente onda de violência e menosprezo do ser humano”.
Bento XVI contra a visão distorcida, ainda destacou que: “A convicção da reta razão e a certeza da fé de que a vida do ser humano, desde a concepção até a morte natural, pertence a Deus e não ao homem, confere-lhe aquele caráter sagrado e aquela dignidade pessoal que suscita a única atitude legal e moral correta, isto é, a de profundo respeito”.
Seguindo o exemplo do Padre Efraim, não podemos desanimar em nosso apelo à consciência. Que o testemunho desse homem de fé nos motive a rezar pelos nossos sacerdotes e pelas vocações sacerdotais.



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